A (in)segurança gerada pelo Foursquare

Usuários do Foursquare

Paralelo à ampliação das ferramentas disponíveis nas redes sociais surgiram alguns questionamentos em termos de segurança que, mesmo que você não concorde, devem ser avaliados e repensados. O Foursquare, programa que permite ao usuário fazer check in da localização exata em que se encontra, é um desses mecanismos que divide a opinião pública, ainda mais quando passou a ser vinculado automaticamente com o Twitter e Facebook. Para alguns, trata-se de uma maneira divertida de manter os amigos atualizados sobre sua agenda pessoal. Pode até ser que inicialmente esse fosse o objetivo, porém as controvérsias surgiram quando da criação do site “PleaseRobMe” (Por favor me roube), que mostra em tempo real todas as atualizações dos usuários, o que para qualquer ladrão conectado seria um prato cheio. Segundo os desenvolvedores do portal, Barry Borsboom, Frank Groeneveld e Boy van Amstel, “o objetivo do site é criar uma consciência do problema e fazer as pessoas pensarem em como utilizam estes serviços”.

Para se ter uma ideia, um estudo conduzido pela revista “Costumer Reports”, dos Estados Unidos, apontou que 52% dos 2.092 usuário adultos de internet entrevistados postaram algum dado potencialmente perigoso à sua segurança, incluindo endereços residenciais. No Brasil, ainda não há uma mobilização em prol dessa conscientização e há usuários que são ativos no uso dessa ferramenta de geolocalização. Nosso intuito não é induzir à proibição, mas sim que as pessoas fiquem atentas, ainda mais se no seu perfil há conexões com pessoas que não são efetivamente amigos e conhecidos. Nunca se esqueçam de que ladrões são espertos e não há controle quanto a perfis falsos criados especificamente para ter acesso a dados particulares.

Nesse link você pode ler uma entrevista com um dos criadores do Foursquare, Dennis Crowley, que acredita serem exagerados os temores sobre a falta de privacidade.